BENVINDOS ÁS MISTURAS DE SENTIMENTOS SUBSTANCIAIS MERAMENTE VERBALIZADOS

Meus verbos substanciais
Simples, onde houve o que haveria de ser o sonho eternizado se mostrou sol e lua... ou a noite de costas.
Numa dança insana, se envolveram e se mostraram cruéis e paralelamente acolhedores aos maltrapilhos esfarrapados.
Não quis saber a que veio e veio deixar a ver navios...
Os navios foram porta-aviões, mas eles nele somente decolavam!
Descolaram os encantos e arrebataram os desejos!
Trouxeram os ensejos nas páginas de miséria,
Misericordioso sobrevivente da mesmice.
Se declaram expressivos os pobres incompetentes dependentes da inspiração.
Sobreviverão por mim, enquanto eu sobreviver.
Pequenas páginas, sermos bons amigos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

FINGIREI PROLONGADO SONO PROFUNDO PARA QUE SEUS BEIJOS DE BOM DIA NUNCA TERMINEM...

Rodrigo Fernandes
out/2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SÓLIDO INSÓLITO

Enfim,
Há os que dizem o que há,
Os que dizem que não há,
Ha os que dizem tudo com os que não haverão de ser
O que realmente é experimental!
Nem toda palavra é tudo aquilo que um dicionário diz ser,
Nem toda pedra é sobreposta
Nem todo tijolo é barro,
Nem todo ser respira.
Sobrou para mim meramente ser tudo e nada.
Ser filho de mim com um maltrapilho e uma boca amarga de wisk escocês!
Sou à noite
O motivo
O brejo e o mangue
A sede da libido
O mar viscoso de sangue.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

REMEMBER!

As festinhas surpresas, os jantares ou almoços surpresas, os presentinhos sem data especial, as músicas que compartilhamos, as que ouvimos fazendo amor, as que ouvimos numa mesa de bar, o carro que ficou sem gasolina SEM PERDER O HUMOR, o filme que foi ótimo,os fracos, os CDs que compramos, o caminho que acertamos de primeira, os que foram preciso voltar três vezes ou mais,os amigos que fizemos, os almoços que empanturramos, as piadinhas engraçadas e até as ruins que divertiram, a plena confiança nos momentos mais inusitados, os cartões recheados de juras de amor e até os recheados de clichês, os favores prestados, as decisões acertadas, as reuniões de amigos, a aula de virada olímpica, o incentivo, a credibilidade, o orgulho, a beleza, o charme que progride com o passar do tempo, os espetáculos, os concertos, o SESC venda nova que nunca aconteceu, as expectativas dos projetos, as “rapidinhas”, as “demoradas”, as que duraram uma tarde inteira, as que não aconteceram e me deixaram louco, as que nem aconteceriam mas acabaram acontecendo, as coisas que descobrimos juntos, o que era lindo, o que éra até bom mais porém batido, as brincadeirinhas, os papos reverentes, os picantes, as fofocas, os decisivos, a lágrima que foi inevitável, a superação, os desabafos, as vontades absurdas, as defesas, as opiniões que mudaram um rumo, a certezas, as dúvidas esclarecidas, o sentimento, o que foi dito com carinho, a reciprocidade,a saudade, a novidade, a vontade, o elogio, a cumplicidade, o heroísmo e o amor.

Rô, Set/2009.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

CENTRO ESSENCIAL

CINZAS, PÓ CINZENTO
NOITE CINZENTADA
FOSCA OFUSCADA
APITOS ESGANIÇADOS
SOBE E DESCE DESGOVERNADO.

VIDA ATREVIDA,
ESPAÇO MALTRATADO...
MALFADADO,
MEIO PODRE MAL PAGO

GOLE FRIO MEIO AMARGO.
UNS VÃO, OUTROS VEEM...
E DE COSTAS SÃO OS MESMOS.
ADORÁVEIS OU NÃO,
A SEU MODO SÃO GÊNEOS.
EM LÁGRIMAS SÃO GÊMEOS,
SÃO ASTUTOS E INGÊNUOS.

SABERÃO PRA AONDE IR,
SABERÃO POR ONDE VOLTAR...
SABERÃOS Á QUE VEIO,
SÓ NUNCA ENTENDERÃO
ATÉ QUANDO.

Rodrigo Fernandes
Jun/10

sexta-feira, 18 de junho de 2010

(...)Eu trocaria todos os dias de felicidades vividos ao seu lado
No lugar de sentir a dor que emana hj em um coração calejado(...)


Rodrigo Fernandes
jun/10

domingo, 6 de junho de 2010

INÍCIO DO FIM

E se chegares nequela funesta estação
Do início do fim,
Teu anjo revolverá fantasma,
Sua paz a tormenta,
Seus sonhos o pesadelo,
A alegria trauma,
O desejo repulsa,
Seu carinho será despreso,
Apaixão será amargura
E o amor será dor...


Rodrigo Fernandes
Jun/10

sexta-feira, 4 de junho de 2010

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Penso:

Você tem um sonho...Ele se realiza e isso lhe custa um preço.
Terrivelmente às vezes a prestação de contas
Emana no dia que sonho se acaba...
Meus dias de felicidade me geraram uma GRANDE dívida!
mas agora, está paga!

Ro - jun/10

domingo, 30 de maio de 2010

¼

Então abrirei a janela e deixarei a luz entrar

Impressionantemente a alma surta

Invadida pela paz incondicional

De uma manhã de outono

Uma corrente de vento que entra alternada

Em intervalos súbitos

Vem como cortesia.

Aleatoriamente se mistura com suspiros

De um coração faminto

Almejante de amor

Mas que ainda vive

Enquanto houver ainda

O alimento esperança

Na linha do horizonte pela janela da alma

Há uma barreira, mas só reflete o infinito

Estampado de belo azul celeste

E branco que remete a paz.

Na linha do horizonte

Não há mais a serra que encerra

Enquanto no peito há um coração que esperará

Pacientemente pelo dia de AMOR!

Rodrigo Fernandes

Março/2010

PRESENTE DOR DE PASSADO

De que vale me livrar de todos os objetos

Esquecidos e no velho armário guardado?

De que me adiantaria doar todos os presentes

Que evidenciam o passado?

Se meu maior presente foi você?!

E este que está ancorado

Num peito consternado

E faz do meu presente acerbo f

eito o ódio amargurado

Equilibrando, porém nos pilares de um passado

Errôneo ou judicioso

Que se titubeia em sentimentos aguçados!

Um sonho desencadeado em perturbações!

O sonhador migra em distintos corações

Interpelando o destino

De um pobre menino

Em plena fobia

Em busca de razões de tanta nostalgia

Que desvaira em tempos certeiros

Mal se adéqua a lidar com os anseios

Um ser frágil, frustradamente

Insano completamente

Não deseja mais querer amar,

E nem querer amor

Na funesta estação do início do fim.

Torna-se o refém do medo e da dor.

Rodrigo Fernandes

Maio/10

FUSÃO DE ANSEIOS DA FACE DO MEDO


JÁ É TARDE E FAZ FRIO

RUÍDOS EXTERNOS PRODUZEM UMA TRILHA DISCRETAMENTE

INCÔMODA EM OUVIDOS INCLINADOS A OUVIR OS PRETEXTOS

DESTES OLHOS MAREJADOS PERDIDOS NA RAZÃO DE TANTO

DESCONTENTAMENTO

A CABEÇA GIRA PRA TODOS OS LADOS E VÊ EM TUDO O QUE NÃO SE VÊ

EM NADA...

E SE ENVERGONHA AO SER VISTO EM MOLÉSTIA DE NOBRE COMISERAÇÃO

FAZ FRIO DENTRO DE MIM

E UMA AGONIA FEBRIL CONFLITA NOS ARRANJOS DE ALMA E RAZÃO

O CÉU ESTÁ MAIS BAIXO

ENTRETANTO NÃO POSSO TOCAR AS ESTRELAS

SOBRAM ENTÃO NAS ENTRELINHAS

UM ESPÍRITO ESTÚPIDO AOS FARRAPOS

E UM GOSTO AMARGO DE SOLIDÃO

LÁ FORA,

OS RATOS ESTÃO MORTOS A BEIRA DA CALÇADA

MAS É A CHUVA FINA QUE DIFUNDE SUA PODRIDÃO

E ME ARRANCA UMA VERTIGEM CONFUSA

DA CADEIA DAS LÁSTIMAS MAIS EXACERBADAS

E TRAZ A TONA TUDO QUE JÁ FOI PAZ

E É HOJE DENTRE TODOS OS ANSEIOS

A MAIS LOUCA DESESPERAÇÃO

Rodrigo Fernandes

Abril/10